domingo, 28 de novembro de 2010

Sometimes

Postando coisas antigas a prazo...


terça-feira, 3 de março de 2009

Sometimes...

A vida é feita de "sometimes"...
É a esta conclusão que chego depois de tantas reflexões tiradas de conclusões infundadas e, acreditem, impensadas. Como? Cometendo erros.
Nem sempre um erro é um acerto futuro?
Aquela palavra presa que um dia explode e saí em forma de um ato impensado, poderá se tornar um acerto no futuro, porque ela, justamente ela, entra pelos ouvidos e fere como uma faca no peito, girando e rasgando sua pele, tocando seus órgãos, alcançando seu coração, fazendo-o sangrar até você... acordar pra vida, como quem desperta de um pesadelo com sede... de viver.
E aquele dia que você disse "sim", embora a razão te gritasse "nãoooo!!!", ele foi um erro que tornou-se um dos maiores acertos... Porque correr um risco, como mergulhar sem saber nadar, é o maior grito pela sobrevivência, é como se não houvesse outra saída, a não ser deixar de existir. Aquele "sim", foi seu suspiro de vida, mas foi um erro... E por causa dele você aprendeu a amar, um amor livre e a não temer sofrer de amor novamente.
E aquela vez que você deixou-se abater e perdeu, caiu ao chão e baixou o rosto enrubecido, aquela vez pode ter sido um erro, mas não, foi um grande acerto. Porque nestas horas aprendemos - eu e você - que o sorriso da humildade tem dentes transparentes... Que o abraço da caridade é quente. E que uma mão, quando somada a sua, traz a força de dois corpos. Não se perde quando se sofre, só quando nada se aprende. E cair nunca mais foi perigoso, sempre temos um abrigo dentro de nós mesmos: a nossa força, a nossa luta, o nosso sonho de amanhã... a esperança vestida de criança.
Por isso a vida é feita de "sometimes"... E de nenhum "forever", tão pouco de "nevers"
Porque transformamos as coisas, e lapidamos, até mesmo, nossa forma de errar.
Conseguimos deixar de amar sem morrer... Embora, acredite que o contrário seria impossível - pra mim.
E se o fizemos é porque, ao bem da verdade, esse amor não morre, ele renasce com outra cara...
Vocês acreditam que as flores morrem? Quem permitiria? Pra mim, elas, de tão lindas, conquistaram a liberdade de renascer tantas vezes, em tons mais fortes ou não, com odores mais suaves ou não... por muito tempo ou não.
Mas, poderá uma Rosa tornar-se Margarida? Não, ela pode vir branca ou vermelha, mas uma Rosa sempre isso o será...
E o amor, da mesma forma vive, sem deixar de ser amor, muda, apenas de cor...
Tudo isso porque a vida é feita de pequenos "sometimes", cada qual com seus erros...
Foi por culpa do espinho, ou da chuva que não caiu que a flor decidiu partir. E por esse erro ela pôde, novamente brotar.
Vamos renascer?
Pétala a pétala?
Nossos erros, agora são acertos futuros...
São, apenas, sometimes...
Errar, apenas, sometimes...

by trOiAnA22

domingo, 21 de novembro de 2010

De mais... De menos... Demais

Calma, isso não é aula de gramática, afinal, ainda é domingo e passei o final de semana longe das revisões de estilo e concordância. Aliás, analisei muito a semântica da minha vida e não sei se tem existido concordância entre o que penso, quero, assumo... faço... Culpa do estilo? Culpa do medo!
Mas, horas perdidas escrevendo sobre minha vida não é o que quero pra encerrar o dia.
Hoje eu quero sintetizar tudo o que tenho escutado acerca de relacionamento.
Eu que atualmente estou devorando meus 25 anos de vida - sendo que desses apenas 17 meses vivi de clausura relacional, ouvi muitos choros e desconsolos de minhas amiga(o)s (aqui a gramática machista não tem voz nem vez...) mais "namoradeira(o)s".
Os reclames são sempre os mesmos - inclusive os mesmos que os meus: coisas de mais, outras de menos. Isso oCORRE demais e, por oCORRER demasiadamente, leva consigo as chances que temos de ser feliz com alguém.
"Ela fala muito que me ama - de mais".
"Ele nunca diz que me ama - de menos".
"Ela leva a sério tudo o que falo - de mais".
"Ele não me leva a sério - de menos".
"A família dele vem sempre em primeiro lugar - de mais".
"A família dela não gosta de mim - de menos".
"Ele só joga futebol com os amigos - de mais".
"Ela não deixa eu sair com os amigos, mas vive às compras com as amigas - de menos".
Caberiam aqui infinitas frases semelhantes a essas.
Não é demais? Não, é demenos...
Sabe o que está de mais? O ciúme, a possessibilidade, as palavras erradas, o medo de assumir, o orgulho, as respostas não esperadas, a dúvida, a falta de amor próprio, a complexação de coisas simples, o medo de perder, o medo de sofrer, a carência, a dependência, o medo da solidão...
E de menos? A compreensão, o estender a mão, a voz amiga, a liberdade de partida, o desejo de que a paz seja mais que uma palavra clichê, a certeza, a capacidade de se entender literalmente num piscar de olhos, assumir-se o que se sente, simplicidade até mesmo nas coisas complexas...
E o resultado dessas faltas e sobras é o que venho assistido: pessoas se perdendo, amores se indo.
Fácil, pra quem está de fora, é julgar, apontar erros e falhas. Quando se é um dos lados que vacila, aí sim, é desesperador ser julgado, aconselhado e, mesmo assim, continuar cometendo os mesmos erros e falhas.
E o amor que era um punhado de areia, pego num dia de sol à beira-mar, vai se escapando entre os dedos daqueles que estão ocupados demais abrindo mão do que lhes fará muita falta em um dia de sol à beira-mar. Sentindo-se à beira do abismo, há de se pensar: "porque não o calei com o silêncio que um beijo requer?".
E o que resta? Dizer: "Foi demais, mas eu fui de menos"...
Devemos lutar contra os nossos medos enquanto ainda temos a chance de vencê-los. Mas, parece que apenas entendemos isso quando já fomos vencidos e finalmente encontramos a solidão que o medo de sentir-se só nos trouxe.
Para cada ação, uma reAÇÃO.
Agir enquanto há tempo.
E agora que sou um dos lados que erra, não quero ser julgada, nem aconselhada. Vou tentar lutar silenciosamente contra os meus medos, porque paz, pra mim, é sentir que, ao "seu" lado, qualquer lugar do mundo é o melhor e mais seguro.


Por indicação de @mariatti, ao som de Zero Assoluto - Appena prima di partire

PS: Aliás, ele está devendo um layout pro Blog, vou pagar a prazo, claro!!!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Quando as coisas começam a mudar (?)

(ouvindo Cidadão Quem (?), mais precisamente Pinhal)

Eu já me fiz essa pergunta muitas vezes e suponho que vocês também: afinal, quando as coisas começam a mudar para que hoje elas estejam como estão?
Quando passei a amar o que faço e a odiar meu trabalho?
Quando deixei de procurar meus amigos antigos?
Quando passei a gostar dessa banda se a odiava?
Quando decidi o que iria ser quando crescer?
Quando me tornei um viciado?
Quando passei pra este lado?
Quando meus filhos deixaram de ser as crianças adoráveis que eram?
Quando passei a gostar de literatura, música, futebol, culinária?
Quando abandonei o esporte?
Quando tive a sorte... de mudar?
Temos as respostas para algumas dessas perguntas que nos fizemos, um dia exato ou um ano talvez, mas, para muitas delas, não há explicação.
"Tudo muda o tempo todo no mundo"
Como partes do todo, nós - e nossos sentimentos também - mudAMOs.
Quando se perde, pra vida, alguém que se ama, fica difícil viver e a gente passa, então, a sobreviver.
(pra morte, é uma dor insuperável!!)
E até entendemos por que o coração - órgão - é tão vinculado à imagem romântica do relacionamento, pois ele dói - mesmo! - como se estivesse sendo arrancado. Sofrendo ou não, calados seguimos, uns com orgulho demais pra voltar atrás, outros rastejando-se à poeira do que, um dia, foi um amor pra todo o sempre - não que nunca se deva acreditar nele.
Você deixa de acreditar no que todos dizem: "isso vai passar" e começa a acreditar que, na verdade, isso veio pra ficar.
Um dia, não sei quando, você acorda e o ar está menos pesado, a vida, lá de fora, te convida a retornar.
Pouco depois, não sei quanto, você está nos braços de alguém e percebe que sua vida, na verdade, estava "fora do ar" ou apenas mal sintonizada. Esse alguém pega o controle e tudo muda. Você não sabe ao certo quando isso aconteceu, mas tem certeza de que aconteceu.
Dias depois, não sei o tanto, "amor" vira nome, "vida" sobrenome e tudo volta a fazer sentido ao vivo e a cores.
Sabor de viver, verdade no sorrir, transparência no agir, seu espírito voltou ao corpo e sobreviver não é mais preciso, basta estar pronto pra desligar a TV e ir... sem partir.
Eu tenho uma tese - que, se comparada a sua, pode se tornar uma antítese - e entendê-la não têm sido fácil.
Não sou eu quem passo por isso é o isso que passa por mim.
Afinal, se me coubesse decidir, eu sairia pela porta da frente sem olhar pra trás.
Mas como não é bem assim que as coisas funcionam, o isso fica.
A única coisa que podemos fazer é não permitir que ele crie raízes mais profundas do que a dor que um amor pode causar. Assim, quando ele se cansar, arranca-as sem deixar muitas marcas e com o vento se vai... Assim o fez o meu... não sei quando isso aconteceu. Isso se perdeu.
O que quero dizer com isso - e não para o isso - é que estou pronta pra desligar a TV e me conectar a outro pronome que, embora tenha um nome, não sei desde quando - nem por quanto tempo - chamo de "amor".

Agradecida**

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

aNOniMATO

NEM MORDO!

É o que eu costumo dizer mesmo correndo o risco de ouvir que realmente parece que vou matar alguém.
Pois, cara feia, pra mim, é fome! Ainda que seja a minha.
O fato é que os que pouco me conhecem não conseguem entender como alguém que vive tentando "estrelar o papel principal" precisa dos seus momentos de anonimato. Mas, preciso e não abro mão disso; parecendo ou não bipolarIDADE, a verdade é que há momentos em que eu prefiro sequer respirar, temendo que a pessoa ao meu lado responda com uma longa respirada...
Eu gosto da melodia do silêncio, que musica a solidão: só assim consigo me ouvir. Assim como, no escuro, consigo me enxergar.
Poucos são também os que sabem que não faço certas coisas pra ser reconhecida por elas, simplesmente as faço pra não deixar de ser quem sou. E, nesse ponto, não falo apenas dos que pouco me conhecem, falo dos que, há anos, julgam minha maneira de ser; talvez porque apenas me conheçam, não me reconheçam em minhas atitudes.
Eu não sou a que dança feito retardada, que tira fotos ousadas, que escreve as coisas trancadas - em seu coração, libertando-as. Essas são apenas algumas das coisas que eu faço, não é o todo, é uma parte. Sendo esta a que mais me aproxima de mim mesma.
Enquanto uns pensam que quero aparecer, eu teimo em esconder os lados mais difíceis de mostrar. Não espero aplausos de coisas tão simples como aquelas.
Se não é possível lidar com minha simplicidade e vontades, é simples: deixe-me à vontade pra ser quem sou ao lado de quem suporta sem aplaudir, sem recriminar. Quem me aceita tanto sem espanto. Será que existe alguém assim? Conto com os dedos de uma das mãos do Lula.


Não sou marca registrada, apenas quero seguir registrando cada marca que a vida me permitir. No meu rótulo? "Agite antes de usar!". Ou quem sabe: "Beba com moderação!".

Mas, no fim, já que aprendi assim, vou concluir a ideia inicial pra não fugir do tema principal e i"r mal na redAÇÃO".

"Na minha", na sua, na dela ou na dele, ou na de todos, saibam que eu não mato nem mordo, apenas quero que meu desejo de ser livremente quem sou seja respeitado e tenha lá seus momentos de aNOniMATO.

Mas, liberdade é o assunto de um próximo post. Não sei qual, apenas posso dizer que será bem curtinho, porque liberdade não tem hora marcada e nem tempo e vontade de se explicar.

Para não parecer egocêntrica, poderia falar de assuntos mais gerais - tal como a INsensibilidade humana, cujos capítulos seriam compostos 99,9% de críticas aos homens - mas, geralmente, prefiro falar do que ainda está sem remédio, porque o resto deve remediado estar - só não sei como.

Enfim, minha redAÇÃO foi pro saco e eu? Pro salto, que a vida é uma festa pra ser dançada até o chão: cair é fácil, difícil é levantar sozinha.


*********

Alouuuu, anônimo! to no aNOniMATO! NEM MORDO!
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Quero agradecer às pessoas que têm vindo comentar o quanto minha escrita evoluiu, saibam que foi apenas com a escrita que isso ocorreu. hehehe

Não posso agradecer a visita dos que curiosamente tentam me julgar por aquilo que pareço ser. Vocês estão no capítulo dos remediados e não do outro lado.

By Troiana ou Milene, como preferirem.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Migalhas

Tenho tantas coisas pra postar, mas estou doente e não posso - nem quero - digitar nada. Vou, então, com essa letra maravilhosa de Erasmo Carlos, ela praticamente me traduz ou, talvez, apenas alguns momentos da minha vida. Voz de Simone, durmo com ou sem tranquilidade, porém, com a paz e silêncio que preciso ao acordar.

Sinto muito mas não vou medir palavras
Não se assuste com as verdades que eu disser
Quem não percebeu a dor do meu silêncio
Não conhece o coração de uma mulher
Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz
Não quero migalhas do seu amor
Do seu amor

Quem começa um caminho pelo fim
Perde a glória do aplauso na chegada
Como pode alguém querer cuidar de mim
Se de afeto esse alguém não entende nada
Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz
Não quero migalhas do seu amor
Do seu amor